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Brincar

HAHAHA

Nós precisamos de mais risadas.

 

Pular corda, jogar bola, andar de bicicleta, soltar pipa, bambolear, brincar. O que fez parte da nossa infância, hoje nem sempre está presente na realidade das nossas crianças.

Parte do comportamento humano, principalmente na fase da infância, o brincar muitas vezes é desvalorizado a nível educativo. Isso porque, até pouco tempo, não se sabia o quanto isso auxilia no desenvolvimento das capacidades psicomotoras como: atenção, memória, imitação, concentração e imaginação dos pequeninos. E mais: o brincar não deve se restringir somente a essa fase da vida. Pelo contrário, na sociedade altamente estressante em que vivemos “brincar seria urgente”, como é citado em um dos depoimentos do documentário: “Tarja branca – A Revolução que faltava”.

Com uma ironia aos remédios ‘tarja preta’ o documentário busca gerar uma discussão de que brincar não é só direito das crianças, ele é fundamental em qualquer idade. Através dos depoimentos, o filme explora a importância que devemos dar a este assunto em todas as fases da vida.

“Passamos oito horas por dia fazendo o que não gostamos, para que o mundo funcione” – citação do documentário. Com toda essa falta de tempo e espaço, o brincar se faz necessário mesmo na vida adulta. O documentário defende o brincar lúdico, descompromissado e inventivo – “Para um mundo doente precisamos de tarja branca, um santo remédio” – outra frase muito expressiva do longametragem.

Outro comentário do filme é com relação à preocupação que hoje temos com a formação das nossas crianças. Talvez por estarmos inserido em um cenário onde conseguir ter sucesso parece cada vez mais distante e difícil, os pais tentam formar e preparar as crianças mais cedo. O que não se percebe é que essas atitudes acabam privando-as dessa fase tão crucial da vida. Inglês, balé e aulas de piano, preocupações para tornar a criança desde muito cedo equilibrada e responsável. Mas se esquecem de que brincar faz parte do desenvolvimento das qualidades dos pequeninos.

O contato e conhecimento de mundo são concebidos a uma criança através do lúdico da brincadeira. É com essa ferramenta que ela estrutura e reflete sobre a realidade que ela vive, se questionando sobre o seu papel neste mundo, aprendendo e compreendendo o papel dos demais, incorporando valores culturais e morais, e estimulando a autonomia e a autoconfiança. É justamente nessa fase que se desenvolvem as linguagens e o pensamento. Através da brincadeira, a criança adquire sentido crítico e começa a aprender a viver como um ser social.

A brincadeira se torna um meio de expressão e aprendizagem. Ao brincar com outras crianças, os pequenos experimentam formas de comportamento e socialização. Descobrem que existem regras no mundo a sua volta e que não são únicos. E que, em alguns casos, têm que tomar decisões.

A partir das características de cada jogo, a criança desenvolve suas competências e então o comportamento impulsivo começa a ser controlado adaptando seu comportamento. A participação dos adultos, pais ou responsáveis neste ato é fundamental, pois brincar com alguém reforça seus laços afetivos. O resumo da ópera é que brincar é a forma que a criança tem de se comunicar consigo mesma e com o mundo.

Por isso não devemos restringir nossas crianças a essa experiência e muito menos parar de nos expressarmos e brincarmos depois que passarmos dos 13 anos. Brincar é necessário hoje e sempre.

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